Porque ser autista é ser único, e respeitar é um dever de todos nós.
- Melina Natulini
- 11 de abr.
- 2 min de leitura
Brincar, criar, imaginar, ser feliz... Esses são direitos de toda criança. Inclusive — e especialmente — das crianças autistas.
Mais do que apenas conviver, é preciso incluir. Mais do que aceitar, é preciso compreender. Toda pessoa autista tem o direito de se sentir segura, acolhida e respeitada em todos os espaços — na escola, na família, na sociedade.
Durante o mês de abril, somos convidados a refletir: O que significa estar consciente sobre o autismo? Será que estamos apenas repetindo frases prontas ou estamos realmente fazendo a diferença na vida dessas pessoas?
A conscientização vai além da cor azul, dos laços e dos símbolos. Ela está nas atitudes do dia a dia. Está na paciência para ouvir sem pressa. No olhar atento às necessidades de cada um. Na disposição em aprender com quem é diferente de nós.
Ser autista é enfrentar desafios diários. Muitas vezes, é ter que aprender a se comunicar de formas que o outro compreenda. É ter que decifrar regras sociais que não são naturais ou óbvias. É viver em um mundo que pode parecer barulhento demais, acelerado demais, confuso demais.
Mas também é ter uma sensibilidade profunda. Uma maneira única de perceber o mundo. Ser autista é, muitas vezes, sentir mais, ouvir mais, captar mais. É ver beleza nos detalhes, criar caminhos próprios e enxergar o mundo com outra lente.
E é por isso que falamos em Transtorno do Espectro Autista — porque nenhum autista é igual ao outro. Cada um tem suas características, seus talentos, suas dificuldades. Não existe um “modelo” de autismo. Existe uma infinidade de formas de ser, sentir e viver.
Diante disso, nós, enquanto sociedade, temos uma escolha: Podemos continuar tentando encaixar essas pessoas em padrões que não foram feitos para elas... Ou podemos construir um mundo mais flexível, mais empático, mais justo.
Um mundo onde haja espaço para todos. Onde a diferença não seja vista como problema, mas como riqueza.
💙 Neste mês — e em todos os outros — vamos lembrar:
A inclusão começa com respeito.
Se fortalece com informação.
E floresce com amor.
Texto por Melina Natulini
Certificada em Pedagogia e especializada em análise do comportamento em indivíduos com TEA e atrasos no desenvolvimento, profissional atuante nessa área desde 2018. Minha dedicação à ciência ABA reflete meu compromisso em aprimorar a qualidade de vida de pessoas com TEA, buscando constantemente especialização para proporcionar alternativas e promover uma vida mais inclusiva. Meu objetivo é oferecer recursos valiosos não apenas para os indivíduos, mas também para suas famílias e profissionais envolvidos, contribuindo assim para um ambiente mais acolhedor e capacitado. #Pedagogia #TEA #AnáliseComportamental #Inclusão
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