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A terapia do brincar

  • Foto do escritor: João de Luca Refundini
    João de Luca Refundini
  • 17 de set.
  • 4 min de leitura

Para uma criança, o mundo pode ser um lugar de grandes emoções e desafios, muitas vezes difíceis de nomear ou de verbalizar. É nesse cenário que o brincar se revela uma linguagem poderosa, a maneira mais natural e profunda que os pequenos têm de processar sentimentos, medos e ansiedades. Longe de ser apenas uma forma de passar o tempo, a brincadeira é uma ferramenta terapêutica inestimável, um espaço seguro onde a criança pode ser ela mesma, explorar seu universo interior e encontrar uma válvula de escape emocional. Ao usar a criatividade para dar forma a seus sentimentos, ela não apenas se diverte, mas também constrói sua saúde mental de maneira leve, lúdica e com o apoio dos pais.


O brincar como a primeira linguagem emocional

Antes de dominarem as palavras, as crianças utilizam o brincar para comunicar seus pensamentos e emoções. O brinquedo, nesse contexto, pode se tornar um intermediário para a expressão de sentimentos complexos. Uma criança pode usar bonecos para encenar uma situação que a deixou assustada, construindo um cenário que a ajude a compreender e a lidar com o que sentiu. Através do desenho, ela pode dar cor a um sentimento de raiva ou tristeza, tornando-o visível e menos ameaçador. Essa é a terapia do brincar em sua essência: uma forma de permitir que a criança expresse suas emoções de maneira simbólica, sem a pressão de precisar verbalizá-las ou explicá-las. É um espaço de liberdade onde a imaginação e a criatividade são as chaves para a auto-descoberta e a cura emocional.


Da criatividade à autorregulação: o processo de cura

A criatividade e o brincar são um caminho direto para a autorregulação emocional. Quando uma criança está envolvida em uma atividade criativa, ela está ativamente processando e organizando seus pensamentos e sentimentos. A modelagem com massinha, por exemplo, pode ajudar a liberar a tensão de um dia frustrante; a pintura, a externalizar e dar forma a sentimentos de alegria ou de angústia. O processo criativo oferece um senso de controle sobre um universo que, para a criança, pode parecer caótico ou imprevisível. Ao transformar uma emoção em uma obra de arte ou em uma brincadeira, ela ganha um novo entendimento sobre si mesma, fortalecendo sua resiliência e sua capacidade de lidar com o mundo interno e externo de forma mais equilibrada.


Atividades criativas que nutrem a saúde mental infantil

Existem inúmeras atividades lúdicas e criativas que podem ser utilizadas como ferramentas para o bem-estar emocional das crianças. Não se trata de uma terapia formal, mas de um convite para a expressão.

  • Caixa de Sentimentos: Separe uma caixa com materiais variados (massinha, tintas, lápis, recortes) e convide a criança a "brincar com o que sente hoje". Ela pode modelar a alegria, pintar a tristeza ou construir um monstro da raiva. Essa atividade dá forma aos sentimentos, tornando-os mais fáceis de serem compreendidos.

  • Teatrinho de Emoções: Use bonecos, fantoches ou até mesmo meias para encenar situações cotidianas que geram emoções, como a frustração de não conseguir fazer algo ou a alegria de um reencontro. Através dos personagens, a criança pode explorar a forma de lidar com esses sentimentos de maneira segura.

  • Diário de Emoções Visual: Crie um caderno onde a criança possa desenhar, pintar ou colar imagens que representem como ela se sentiu naquele dia. Essa é uma ótima maneira de estimular a reflexão e de criar um canal de comunicação não verbal com os pais.

  • Mandalas e Pinturas Livres: Atividades como pintar mandalas ou simplesmente fazer pinturas livres com as mãos ajudam a focar a mente e a acalmar o sistema nervoso, atuando como uma forma de meditação para as crianças.


O papel do adulto: acolher e criar o espaço

A eficácia do brincar como terapia informal depende diretamente da atitude dos adultos. O papel dos pais e cuidadores é criar um ambiente de aceitação, onde as emoções da criança, quaisquer que sejam, são válidas e acolhidas. É importante não julgar a brincadeira, o desenho ou a criação, mas sim observar e fazer perguntas que demonstrem curiosidade e empatia. Perguntas como "O que esse monstro da raiva está fazendo?" ou "Por que o boneco está triste?" abrem um espaço de diálogo e permitem que a criança se sinta ouvida e compreendida. A presença e a escuta ativa do adulto transformam a brincadeira em um momento de conexão profunda, onde o vínculo se fortalece e a criança se sente segura para florescer emocionalmente.


A MBC como uma ferramenta para o acolhimento


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Nesse processo de acolhimento e expressão emocional, a Minha Bag Criativa pode ser uma grande aliada. Com seus brinquedos, é uma ferramenta pronta para ser usada, que remove uma camada de estresse dos pais, que não precisam se preocupar em buscar materiais. Ao oferecer a Minha Bag, você já está convidando a criança para a expressão criativa, podendo focar sua energia não em organizar a atividade, mas em estar presente, observar e acolher os sentimentos que a brincadeira revelar. Se torna, assim, uma parceira prática no caminho do bem-estar emocional infantil.


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