Crianças holandesas são as mais felizes do mundo: por quê? E como aplicar isso em casa
- Ana Castellani
- 1 de ago.
- 3 min de leitura
Todos os anos, a UNICEF avalia o bem-estar infantil em diversos países, e mais uma vez, em 2025, as crianças da Holanda foram consideradas as mais felizes do mundo. Mas afinal, o que torna a infância por lá tão especial? Neste post, compartilho não só os principais pontos do relatório da UNICEF, como também algumas percepções da minha viagem recente ao país, além de dicas práticas para aplicar em casa, mesmo morando no Brasil.
O que diz o relatório da UNICEF?
De acordo com o Relatório de 2025 da UNICEF, a Holanda se destaca não apenas pelos bons índices de saúde e educação, mas principalmente por um aspecto que não é tão fácil de medir: a felicidade e o bem-estar emocional das crianças.
O que vi na Holanda que explica essa felicidade
Tive a oportunidade de visitar o país neste ano e algumas observações me chamaram a atenção:
1. Tudo é pensado para incluir as crianças
Na Holanda, crianças fazem parte da vida social e não apenas do ambiente escolar ou doméstico. Bicicletas com cestas adaptadas para carregar os pequenos são comuns. Assim, os pais podem levá-los junto em suas rotinas, tornando o tempo com os filhos algo natural e constante. A convivência familiar não é algo reservado ao "tempo livre", ela é integrada à vida.
2. Independência desde cedo
Uma das coisas que mais me impactou foi ver crianças pequenas andando sozinhas pela cidade, principalmente em cidades menores. Isso é reflexo de uma cultura que confia nos filhos e os prepara para serem responsáveis. Um artigo da CNN reforça isso ao destacar que, para os próprios pais holandeses, o segredo da felicidade infantil está na independência. Segundo a reportagem: "Quando perguntei a pais e crianças na Holanda por que achavam que suas crianças eram tão felizes, todos tinham uma mesma resposta: os pais holandeses valorizam dar independência aos seus filhos, talvez mais do que qualquer outra coisa." Mesmo que a realidade brasileira não permita esse mesmo grau de liberdade, podemos recriar momentos de autonomia dentro de casa e nas rotinas da criança.
3. Menos telas, mais presença
Em vários momentos, notei que as crianças holandesas não estavam com telas. Em vez disso, vi crianças brincando com brinquedos simples, conversando ou interagindo com outras crianças. A proposta é clara: estimular a criatividade, a socialização e o brincar ativo.
4. A bicicleta como símbolo de liberdade
Por lá, é comum ver crianças a partir dos cinco anos indo para a escola de bicicleta, sozinhas. Isso não apenas reforça a independência, como mostra o quanto o ambiente urbano é pensado para que as crianças se sintam seguras e parte da cidade.
Dicas práticas para aplicar em casa
Você não precisa viver na Holanda para se inspirar nesses hábitos. Aqui vão algumas ideias para começar:
Crie pequenas oportunidades de independência: deixe seu filho escolher a roupa que vai vestir, ajudar a preparar o lanche ou organizar seus brinquedos.
Estimule a autonomia com segurança: se possível, incentive o uso de bicicleta ou caminhar até lugares próximos (com supervisão, se necessário).
Inclua seu filho na rotina: leve junto ao mercado, envolva nas tarefas e converse sobre o dia a dia.
Reduza o uso de telas: ofereça alternativas reais de brincadeiras, convide outras crianças para brincar e esteja presente nos momentos com eles.
Confie no seu filho: mesmo que em pequenas doses, a confiança que você demonstra tem um efeito profundo no senso de autoestima e responsabilidade da criança.
Então,
A infância holandesa é feliz não por acaso, mas por uma série de escolhas culturais que priorizam o bem-estar, a presença e a autonomia. Mesmo com as limitações do nosso contexto, é possível se inspirar nesses valores e criar um ambiente mais leve, confiante e conectado com nossos filhos. A felicidade infantil não depende apenas de grandes mudanças e começa nas pequenas atitudes do dia a dia.

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